domingo, 4 de dezembro de 2016

Deixar fazer ... caminho para o desenvolvimento da INDEPENDÊNCIA para no futuro alcançar a AUTONOMIA.


Gabizinha na tentativa
foto: Cristiane Kuroba


Este ano fui convidada a colaborar, respondendo questões sobre desenvolvimento da AUTONOMIA INFANTIL, para uma matéria da Revista Pais e Filhos.
Compartilho com @s leitor@s as questões que geraram o texto final.

1. Quando é a idade de as crianças começarem a ter autonomia?

Desde bem pequenas, as crianças vão percorrendo essa conquista, inicialmente através da percepção de sua identidade, reconhecimento da própria imagem, ao perceberem-se como seres únicos, com corpo, hábitos e preferências. Essas descobertas devem ser estimuladas através da experimentação de ações cotidianas. Para que se consolidem de forma progressiva, é importante propor atividades de interação, que considerem a firmação de vínculos afetivos e aprendizado de regras para o convívio social.


Gabizinha descobrindo a boneca
Foto Cristiane Kuroba


 2. Como os pais encontram o equilíbrio para que as crianças possam ter autonomia?

Permitindo que as crianças realizem pequenas tarefas do dia a dia com certa independência, desde manejar os talheres no momento das refeições, escovar os dentes, ensaboar-se durante o banho, fazer a higiene após o uso do banheiro, vestir-se, colocar o agasalho e virá-lo após a retirada, assim como deixá-la resolver com o colega o conflito que por ventura viveu (e certamente viverá...). Experimentar, fazer escolhas e superar pequenos desafios - esse é o caminho para a conquista da autonomia.

3. É comum que os pais não deem autonomia para seus filhos?
 
Bastante comum. Muitas vezes, nos deparamos com pais que, na correria do dia a dia, na ânsia de suprir a falta de tempo, acabam realizando as tarefas dos filhos, resolvendo os conflitos naturais da infância, tudo isso na intenção de protegê-los. Precisam eles de proteção ou de oportunidade para enfrentar o que é natural da infância?

4. Como podemos saber se estamos superprotegendo uma criança?

Desenvolvendo o hábito de questionar se a situação em que estamos atuando poderia ser experimentada pela criança. Certamente, não será fácil nas primeiras tentativas e isso não deve ser um problema, mas à medida que nos deparamos com as inúmeras conquistas dos filhos,  percebemos que estamos no caminho certo. Proteção excessiva demonstra falta de confiança na capacidade da criança e isso costuma gerar insegurança e falta de iniciativa.

5. Quais os principais indícios de que a criança precisa de mais espaço para tomar suas próprias decisões?

Um forte indício é a necessidade de confirmação para tudo o que faz. É comum nos depararmos com crianças que apresentam boa capacidade de aprendizagem, mas que não se julgam capazes de tomar nenhuma iniciativa, de fazer escolhas sem que se apoiem na opinião ou na confirmação do adulto ou mesmo de colegas.



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